Relações Harmoniosas e o Sistema Respiratório: A Respiração (4/4)


Para terminar este ciclo de quatro artigos relacionados com as relações harmoniosas e o sistema respiratório, este mês vamos falar sobre Respiração na visão da Leitura Corporal, filosofia que disponibiliza o código de relação entre sintomas físicos e emocionais.

Assim, a Respiração integra o indivíduo e o ambiente e atualiza os impulsos de troca, através dos movimentos respiratórios. No que respeita à integração indivíduo-exterior, na INspiração, o indivíduo recebe os estímulos externos e os resultados dos seus comportamentos. É através desta INternalização que é organizada e adequada e reatividade nas respostas às introjeções do ambiente. No que respeita à EXpiração, este movimento permite ao indivíduo EXteriorizar as suas motivações internas e posicionar-se em relação ao meio. Desta forma, são processadas as reações do ambiente em relação ao indivíduo. 

Relativamente à troca, e sendo o ar o elemento de representação do 4º Centro de Força, centro da Emocionalidade, a passagem do ar pelos diversos órgãos respiratórios, aciona as diferentes etapas do processo de troca e convivência afetiva. Assim e de acordo com os artigos anteriores, no narizexterno dão-se os processos de confiabilidade, de ampliação e familiarização das relações. Seguidamente, no nariz interno e através dos seios paranasais acontece o aprofundamento do envolvimento pelo desejo da prática da amorosidade, afinidade e harmonização das relações. A seguir, a faringe ocupa-se da construção do ideal de convívio, de medir o grau de satisfação e desvios em relação a esse ideal. Depois, a laringe torna consciente o porquê e o para quê do contacto e desta forma impulsiona a participação, o fazer junto, o tornar-se presente. Posteriormente, na traqueia acontece o reconhecimento e aceitação das necessidades individuais, e, a determinação dos interesses reais de troca. Em seguida, os brônquios permitem a organização da relação a partir do estado interno, e o conjunto brônquios e bronquíolos encarrega-se da quantificação das emoções e sentimentos vividos. Desta forma geram a estabilidade das trocas. Depois, os pulmões têm como função complementar a troca através da energia da afetividade, isto é, construir lugares onde a convivência, a troca e a relação permitem a expressão e a evolução do ambiente interno e externo. E por fim, é no alvéolo que a qualidade e valor da troca determina a continuidade do convívio e a maior aproximação ou a interrupção e distanciamento.

Então será possível dizer que quando inspiramos recebemos o universo inteiro dentro de nós e quando expirarmos doamos o nosso produto, os nossos ideais, a nossa proposta, a nossa possibilidade, o nosso fruto à Humanidade. E, nesta interação desenvolvemos relações cada vez mais harmoniosas. Ficamos a aguardar os vossos feedbacks em desubstancia@gmail.com

Susana Sarmento
texto adaptado das apostilhas de Leitura Corporal, Fevereiro 2017